COMO SURGIRAM AS PRIMEIRA PRINQUEDOTECAS
FONTE :
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ajuda:Guia_de_edi%C3%A7%C3%A3o/Como_come%C3%A7ar_uma_p%C3%A1gina
por : http://www.modularbrinquedos.com.br = BRINQUEDOS PARA BUFFET INFANTIL, BRINQUEDÃO KID PLAY
Surgimento da brinquedoteca
A primeira ideia de brinquedoteca surgiu em 1934 em Los Angeles, nos anos da grande depressão econômica dos Estados Unidos, a fim de solucionar o problema de uma loja de brinquedos, onde crianças de uma escola municipal estavam roubando os produtos da loja. Com isso, criou-se um serviço de empréstimo de brinquedos, chamado de
Los Angeles Toy Loan, como um recurso comunitário, utilizado até os dias atuais.
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Esse recurso comunitário expandiu-se na década de sessenta para a Europa, especificamente na Suécia, Inglaterra, Bélgica e França. Na Suécia em 1963, em Estocolmo surgiu à primeira
Lekotec (Lucoteca), e tinha como objetivo o empréstimo de brinquedos e orientação às famílias com necessidades especiais, tendo a estimulação através do brinquedo como filosofia. E na Inglaterra, em 1967 surgiram as
Toys Libraries (Bibliotecas de Brinquedos).
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Nascem as funções da brinquedoteca: a educacional e a terapêutica. Em 1987, ocorreu o Congresso Internacional de Toy Libraries em Toronto, Canadá. Onde foi discutido e questionado a adequação do nome
Toy Libraries, visto que esta instituição realizava outras funções, como apoio as famílias, orientação educacional, estimulação à socialização e resgate da cultura. Tudo isso motivou o próprio Canadá a alterar o nome para Centro de Recursos para a Família.
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Surgimento da brinquedoteca no Brasil
Em 1971, inaugurou-se o Centro de Habilitação da
Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), em
São Paulo, onde foi realizada uma grande exposição de brinquedos pedagógicos, direcionados aos pais de crianças excepcionais, aos profissionais e aos estudantes. Como essa exposição deu certo, a APAE implantou em 1973 o Sistema de Rodízio de Brinquedos e Materiais Pedagógicos, espaço que ganhou o nome de Ludoteca, nesse espaço todos os brinquedos foram centralizados e passaram a ser utilizados nos moldes das bibliotecas circulantes. A primeira brinquedoteca surgiu em 1981, com a criação da Primeira Brinquedoteca Brasileira na Escola Indianópolis, em
São Paulo, voltado para o ato de brincar, atendendo diretamente às crianças. Em 1984, criou-se a Associação Brasileira de Brinquedotecas (ABB), responsável pelo crescimento da preocupação com o brinquedo e com as brincadeiras por todo o Brasil.
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Características
A brinquedoteca prepara o espaço do "faz de conta" para que seu ambiente seja impregnado de criatividade, de manifestações de afeto e de apreciação pela infância, a tal ponto que a criança se sinta esperada e bem-vinda.
A ideia principal, é valorizar os brinquedos e atividades lúdicas e criativas; estimular o desenvolvimento global das crianças; despertar o interesse por uma nova forma de animação cultural que pode diminuir a distância entre as gerações; oferecer às crianças a oportunidade de experimentar os jogos antes de comprá-los; desvincular o valor lúdico do brinquedo do seu valor monetário ou afetivo, possibilitando à criança a aprendizagem de que não precisa possuir com exclusividade e pode usufruir partilhando com os outros; dar oportunidade às crianças de se relacionarem com adultos de forma agradável.
Tipos
A brinquedoteca, como a biblioteca, atende públicos diversificados. Sendo uma instituição voltada para o público infanto-juvenil, observa-se que ela atua em situações ou lugares diferentes, cumprindo diferentes papéis em escolas, creches, universidades, hospitais, museus, clubes, favelas, presídios, etc.
Nos hospitais, as brinquedotecas têm como objetivo tornar a estada hospitalar da criança um pouco mais alegre e menos traumatizante, o que, segundo pesquisas atuais na área médica, divulgadas pela mídia, contribuem de forma positiva para a recuperação dos pacientes. A criança encontra no brinquedo uma forma de distração e divertimento, passando até mesmo a compreender melhor seu tratamento.
Brinquedoteca escolar e hospitalar
A brinquedoteca tem sido um dos maiores instrumentos pedagógico educativo na interação e vivência das crianças da Educação Infantil. Dentro delas, as crianças podem explorar um mundo mágico e contribuir para seu desenvolvimento emocional, intelectual e motor.
A partir daí, temos então dois modelos padronizados de brinquedoteca: A escolar e a hospitalar.
- Escolar
A brinquedoteca Escolar, que se encontra dentro da instituição de ensino na maior parte das escolas brasileiras, busca assegurar o desenvolvimento integral da criança, com cantos. Ex: canto do faz de conta, do construtor, da leitura é importante reconhecermos que não é apenas um lugar cheio de brinquedos e jogos, mais do que isso, é um setor pedagógico na qual se preocupa em privilegiar o brincar como principal método na construção de identidade e autonomia das crianças pequenas. Pois enquanto a criança brinca, naquele prazeroso momento ela estará adquirindo varias habilidades, expressando seus sentimentos, exercendo a linguagem, trocando informações e experiências com os demais companheiros e assim desenvolvendo sua aprendizagem.
- Hospitalar
Brinquedoteca, hospitalar não é muito diferente da escolar, pois apresenta requisitos de interação e também prioriza o brincar da criança. As crianças que residem em hospitais, certamente tem um lado emocional mais afetado, uma carência talvez maior e um desejo de brincar, muitas vezes, mais aguçado do que as que estão do lado de fora, com suas famílias. Por isso, é importantíssimo que esse espaço ofereça prazer, comodidade e segurança para as crianças. É importante dizer que, a partir do dia 21 de março de 2005, devido a LEI Nº 11.104, tornou-se obrigatório que os hospitais que ofereçam atendimento pediátrico em regime de internação tenham brinquedotecas.
Segundo Cunha (2004), a brinquedoteca hospitalar é muito importante para a criança doente, porque:
- traz momentos de alegria e descontração através do brincar;
- auxilia a preservar a saúde emocional das crianças;
- contribui para o desenvolvimento físico, psicológico e social das crianças;
- os traumas são amenizados, uma vez que o brincar contribui para a recuperação das crianças.
A autora ainda relata que a brinquedoteca é considerada um espaço ideal para as crianças darem vazão aos seus sentimentos após um exaustivo e inevitável tratamento (como, por exemplo, o oncológico) e é importante porque nesse espaço há uma troca um com os outros de experiências; enfim, um partilha. Dizem que os familiares e as crianças percebem o brincar como uma forma de lutar/suportar a doença e o tratamento em que elas estão sujeitas, há um acolhimento.
Em relação ao espaço físico:
- Deve apresentar muita iluminação e ventilação adequada;
- Deve também apresentar condições de segurança, como por exemplo: tomada altas, janelas com grades e trancas de segurança em armários, os mobiliários devem ter cantos arredondados, os espaços devem possuir lavatórios e pias atendendo as necessidades e tamanhos dos pequenos, o formato e disposição da brinquedoteca deve respeitar os objetivos da determinada instituição.
Em relação ao atendimento:
- É relevante que a brinquedoteca do hospital seja um setor reconhecido e respeitado por todos, com objetivo de estabelecer relações de um bem-estar e acolhimento para com a criança.
- Sendo um espaço de bem-estar, este local deve priorizar o brincar livre e espontâneo, fazendo com que as crianças se sintam felizes e relaxadas. Problemas de comportamentos inadequados deverão ser tratados com especialistas.
- É importante frisar que os profissionais de recreação, os brinquedistas e educadores devem ser capacitados para exercer essas atividades.[3]
Importância
Na brinquedoteca a criança vivencia diversas atividades lúdicas, na verdade a criança passa a se conhecer melhor, a dominar suas angústias e a representar o mundo exterior, usando para isso o brinquedo.
De acordo com alguns estudos vistos,o jogo ou a brincadeira são atividades voluntárias e têm como características fundamentais o fato de ser livre, ter no faz-de-conta uma forma de representação de um desejo ou realidade.